quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Encontro com/de Gentilezas


As vias não se movimentam como de costume.

O dia é especial.

Você, Gentileza e eu.

Paredes, telas, grafites e vidas.

Caminho encurralado,

Você acuado!

Diálogos, medo e proteção...

As fotografias se tornam meros registros,

Foram nos painéis de Gentileza que decifrei fragmentos de ti.

Cheiro de Milho


Amanhece!

Parece mais uma trivialidade cotidiana.

Abrir o pacote,

Encharcar,

Preparar a massa,

Dosar o sal...

Água a ferver... Você a me inebriar.

E até o cheiro matinal do milho no cuscuzeiro me faz lembrar você.

Conjugação em Desencontros


A voz talvez não saia no momento certo.

O eco poderá não encontrar uma caixa de ressonância.

O amor é este verbo de conjugação em desencontros.

Carinhos em Meias Palavras


Sim!

Às vezes me exerço em meias palavras,

Mas não é necessário me entender.

Gravo alguns dos teus carinhos nos meus tímpanos...

Carinhos que pode ser que nem lembres mais,

Mas não importa!

Já estão gravados.

Podem ser tolices e idiotices,

Não precisa se vincular...

Só regam a mim.

Sigo...


Sigo com a cara vermelha,

De tom cobreado.

Sem Maomés ou Cristos,

Jogo-me de cara lavada,

Sem medo de ser feliz!

Acarajé com Tapioca


Parece uma mistura estranha,

E realmente é!

Mas aqui há lugar pra tudo.

Ou supostamente...

Teorias do direito,

Fundo de pasto, quilombolas, indígenas...

Aqui sobram assuntos de libertinagens e revolução.

Transitamos entre Maquiavel, Marx e Butlher.

Exercemos a cordialidade,

A dissimulação...

Enclausuramos as raivas,

Tapamos os ouvidos,

Fechamos os olhos,

E vamos seguindo...