“O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava provocadoramente, era um tempo só de esperas”. (Raduan Nassar, 1989, p. 95 em Lavoura Arcaica).
As mãos continuam dadas... mesmo com os quilômetros que nos separam.
Me pego dizendo que não, fugindo das lembranças e fingindo para mim mesmo que tudo não passou de como outros momentos vividos.
Andar por Ipanema, tomar café da manhã juntos, sentar de mãos dadas no ônibus, uma pausa para o café, contar os minutos que parecem não passar para você chegar em casa...Poderia listar outros momentos e como um cilício a cortar a pele dizer: são como outros vividos.
Ainda vejo os raios solares cortarem a janela, as rosas continuam viçosas e seu perfume me entra às narinas trazendo outras memórias olfativas. Me perco no cheiro de tua cama, no talco dos teus pés, nos suores misturados aos espermas de nosso gozo. Me encontro no teu olhar, em teus braços, carícias e no esperma saboreado.
Os momentos são outros, os momentos são nossos. Alguns vividos em museus, sem o crivo e a licença museal dos rótulos e das convenções; outros tecidos nas margens, em viadutos com artes urbanas que certamente não irão chegar por guindastes à Bahia, e muitos menos nas terras sergipanas.
A Bahia e o Rio estão em mim...a Bahia agora está em ti. Com seus tambores e orixás, gingados e malandragens...num por do sol de um porto qualquer.
Os momentos estão em mim, os momentos estão ti...estão em nossa pele, em nossos lábios, afagos, na escuta, no silêncio, no cuidado...
“[...] mas não se questiona na aresta de um instante o destino dos nossos passos, bastava que eu soubesse que o instante que passa, passa definitivamente, e foi numa vertigem que me estirei queimando..., me joguei inteiro numa só flecha, tinha veneno na ponta desta haste, e embalando nos braços a decisão de não mais adiar a vida”. (Raduan Nassar, 1989, p. 103- 104, em Lavoura Arcaica).
Eles (as) não compreendem! “És meu Rio e eu sou teu Salvador”.
As mãos continuam dadas... mesmo com os quilômetros que nos separam.
Me pego dizendo que não, fugindo das lembranças e fingindo para mim mesmo que tudo não passou de como outros momentos vividos.
Andar por Ipanema, tomar café da manhã juntos, sentar de mãos dadas no ônibus, uma pausa para o café, contar os minutos que parecem não passar para você chegar em casa...Poderia listar outros momentos e como um cilício a cortar a pele dizer: são como outros vividos.
Ainda vejo os raios solares cortarem a janela, as rosas continuam viçosas e seu perfume me entra às narinas trazendo outras memórias olfativas. Me perco no cheiro de tua cama, no talco dos teus pés, nos suores misturados aos espermas de nosso gozo. Me encontro no teu olhar, em teus braços, carícias e no esperma saboreado.
Os momentos são outros, os momentos são nossos. Alguns vividos em museus, sem o crivo e a licença museal dos rótulos e das convenções; outros tecidos nas margens, em viadutos com artes urbanas que certamente não irão chegar por guindastes à Bahia, e muitos menos nas terras sergipanas.
A Bahia e o Rio estão em mim...a Bahia agora está em ti. Com seus tambores e orixás, gingados e malandragens...num por do sol de um porto qualquer.
Os momentos estão em mim, os momentos estão ti...estão em nossa pele, em nossos lábios, afagos, na escuta, no silêncio, no cuidado...
“[...] mas não se questiona na aresta de um instante o destino dos nossos passos, bastava que eu soubesse que o instante que passa, passa definitivamente, e foi numa vertigem que me estirei queimando..., me joguei inteiro numa só flecha, tinha veneno na ponta desta haste, e embalando nos braços a decisão de não mais adiar a vida”. (Raduan Nassar, 1989, p. 103- 104, em Lavoura Arcaica).
Eles (as) não compreendem! “És meu Rio e eu sou teu Salvador”.
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