“Há um vilarejo alí onde areja o vento” (Arnaldo Atunes)
Há um vilarejo ali escondido em minhas mil lembranças,
De sorriso escancarado e de olhar profundo,
Com meu pedido de bênção.
Café fresco e biscoito na varanda,
Meninos e meninas no corre-corre e trepa-trepa das árvores,
Um toque, uma flor...uma Maria sem vergonha,
Seriguela, mandioca frita, galinha caipira,
Cavalos trotando, cachorros e gatos por aqui e acolá.
A lenha no fogão estourando,
O sebo fritando e logo o sabão pronto.
O céu noturno ainda vivo,
Com milhares de estrelas e planetas a piscar.
Uma vaca estrela branca,
Com leite fresco na manhã seguinte...
É o vilarejo da minha infância,
Repartida nas fases piagetianas,
Que ainda me permite sonhar e criançar.
Um comentário:
há ainda um vilarejo porque há um menino ainda em suas andanças.
Bom este passeio aqui. Das luzes do Vidigal ao céu noturno ainda vivo da tua infância.
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